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  • Foto do escritorPenta Rodriguez

2022, Uma Tragédia Grega. (ou: Devaneios de uma mente contundida) - Análise do Pentão #17

Atualizado: 7 de fev. de 2023

There it is.

After this moment, everything that could go wrong, went wrong.


City perdendo por 2x0 pro Aston Villa. Liverpool, no momento, empatando com o Wolverhampton em 1x1. As esperanças voltaram a crescer em Merseyside quando Riyad Mahrez não converteu o pênalti que daria a vitória aos Citizens contra o West Ham, uma semana antes.

Tudo que os comandados de Jurgen Klopp precisavam era de um gol. Ele veio, cortesia de Mohamed Salah, após um cruzamento de Trent Alexander-Arnold.


Mas já não importava.

Gundogan entrou em campo pelo City, e em menos de 15 minutos, o tempo que faltava quando Coutinho fez 2x0, fez dois gols e deu uma assistência. Vice, da maneira mais trágica possível, após uma incrível arrancada após estar mais de 10 pontos atrás.


Uma semana depois, Paris.

20 chutes a mais do que a Máfia Espanhola. Todos parados por Cortouis, assim como em 2018 contra o Brasil, na Copa do Mundo. Um único gol de Vinicius Junior foi o suficiente. Vice, da maneira mais trágica possível, após uma campanha com 100% de aproveitamento num dos grupos mais difíceis dessa edição, e apenas uma derrota até a final.


Corta para o Rio de Janeiro, cinco meses depois.

Eu não esperava nada de ontem. Nada. Era um dos melhores times do Brasil, fora de casa, e nosso retrospecto fora de casa é horrível. Por isso, ao fim do primeiro tempo, não me impressionei com o resultado de derrota por 1x0.


Mas a esperança te mata.


Assim como nas outras duas vezes, foi uma experiência dolorosa. Talvez ampliada além do necessário pelas minhas próprias decepções pessoais? Talvez. Mas dolorosa, ainda assim.


Giuliano empatou o confronto. We piled forward.

Eu poderia dizer algo da chance perdida do Roger Guedes, mas isso provavelmente me faria entrar num território de efeito borboleta, então esquece isso.

O jogo foi pros pênaltis, and then, there was a crossbar.


A bloody.

Fucking.

Crossbar.


Ele chutou mal, sim. Era pra ser o Maycon cobrando ao invés do Fagner, com certeza. Fagner é HORROROSO em pênaltis e essa é mais uma de várias decisões erradas do Corinthians na história, sim.

Mas quase entrou. Bateu no travessão.


Isso é o que me manteve longe de um momento bom, um momento de paz, um momento que salvaria esse ano, um momento que daria ao Cássio, o maior ídolo da história do Corinthians, o único título grande que lhe falta.

Apenas um momento pro universo dizer "olha aqui, sei que aquela semana em maio foi uma merda, mas olha aqui, pelo menos isso aqui aconteceu"


Foi só isso que me manteve longe disso tudo.


Uma filha da puta de uma trave.


Nunca dá certo. Nunca deu certo. Dez anos atrás parecem até outra vida, outro mundo.

Eu queria nunca ter ligado pra esse esporte. Eu queria nunca ter me importado com futebol. Minha vida já é desgraçada o suficiente. Eu digo que prefiro automobilismo et cetera, mas a verdade é que nem isso eu queria gostar.

Tá dando certo agora, sim. Mas o Toto Wolff vai estragar isso também. Mais cedo do que você imagina.


No final das contas, meu 2022 futebolístico foi apenas, minha própria tragédia grega.

Deus até parece estar brincando comigo. Em Fevereiro, quando esse ano ainda parecia que ia ser bom, com o Chelsea impedindo aqueles desgraçados de terem o que nunca vão ter, a música que a Lara compartilhava comigo era Last Dance, por que na época, a edição de 2021 do Mundial de Clubes seria a última no formato atual, então por isso eu dizia que era a "Last Dance". Last Dance é uma música da Eurovision 2021, feita pela cantora que representava justamente a Grécia. Irônico.


Enfim, no final das contas, talvez eu só precise de um psicólogo. Na verdade, "talvez" não, eu definitivamente preciso de um psicólogo. Não posso deixar que simples esportes afetem tanto minha cabeça. Talvez seja a pressão de querer ser feliz, em meio as minhas já mencionadas frustrações pessoais e alguns traumas envolvendo bullying do meu tempo de escola, que me afetam até hoje.

Talvez seja só vontade de ter vingança idiota contra um bando de twitteiro imbecil, com quem eu não devia me importar.


Dia após dia, a vida me convence ainda mais de que é injusta, e só recompensa desgraçado. Se não fosse, não teríamos bilionários, por exemplo.


E o final do ano?

Como eu honestamente vou torcer pra Seleção Brasileira?

Me diz como.

Gabriel Jesus. Pedro. Vinicius Júnior, Rodrygo, Casemiro, Fred, Ederson. Neymar, que profunda decepção. RICHARLISON!


Alisson, Firmino, Marquinhos e Tite todos merecem ter uma copa no currículo, sim.

Mas eu aqui, revogo minha vontade de torcer por essa seleção.

O motivo? Não quero mais me importar com esse esporte, depois de tudo que fui exposto durante 2022 inteiro.

Não vai valer a pena.

Podia ter sido 2010, por mais que não seja muito legal saber que o Robinho foi campeão do mundo uma vez. Quer saber? Deixa como tá. Xabi Alonso, Puyol, David Villa, Casillas, Fernando Torres, aquela Espanha merecia.

2006? Podia ser, mas a ideia de tirar o maior título das carreiras de Gianluigi Buffon e Francesco Totti não me parece certa. Eles já não tem Champions, tadinhos.

2018? Com certeza. Com dor no coração por N'golo Kanté, uma pessoa iluminada, mas saber que os quatro que eu mencionei acima, com as adições de Cássio e Fagner (esse último como titular), todos teriam copa, deixaria minha alma um pouco mais em paz.

2014? Nem preciso dizer. Me remete a aquela tierlist que eu fiz há uns meses. A CBF podia ter aceitado o Guardiola na época. Só me garante que aquele maldito jogo no Barradão teria acabado de outra forma e que o Klopp ainda iria parar no Liverpool e pronto, temos a melhor timeline. Não é como se eu realmente me importasse com ninguém daquele elenco alemão. Já o Brasil tinha Paulinho e Jô.


Enfim, já falta menos de um mês. O que eu realmente desejo pra essa copa? Não sei. Talvez um título da Holanda. Tudo que acaba com Max Verstappen e Virgil Van Dijk felizes é algo bom em meus livros. O que eu sei é: Dificilmente ficarei de fato feliz com os eventos que irão acontecer no Qatar, durante os dois próximos meses.


Me resta esperar.


Assim como espero algum momento em que toda essa dor e sofrimento que me assola atualmente, enfim acabará.


"Sabemos que o futebol nos mata, mas não podemos viver sem ele."

- Hatsune Miku

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