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  • Foto do escritorPenta Rodriguez

A Jornada até aqui - Parte 4

Atualizado: 22 de nov. de 2022


2017.


Aí foi onde entrou o futebol europeu na minha vida.

A Globo tinha começado a transmitir os jogos do mata-mata da Champions em 2015 (a fase de grupos passava na Band), e foi nesse ano onde eu comecei a assistir. Fui no trem do hype pelo MSN, comemorei a vitória contra a Juventus, peguei um certo carinho pelo PSG simplesmente porque achei os uniformes bonitos (de fato são) e porque achava Paris um lugar legal de se visitar (hoje nem tanto). Também me lembro do épico jogo do 6x1 do Barcelona. Porém, não havia escolhido um time pra torcer.

Em 2016, vi de novo o Atletico perder a final da Champions pro Real. Em 2017, comecei a pegar um certo ódio. Parecia que toda partida do Real Madrid que eu via, tinha algum erro de arbitragem claro. Na final de 2017, ganharam da Juventus, que eu queria que tivesse ganho por causa do Buffon. Gosto bastante do Buffon.


Mas eu ainda não mencionei o que realmente me fez pegar ódio do Real Madrid.

Me lembro de algumas páginas de futebol no Facebook fazendo campanha pros brasileiros torcerem pro Atletico Nacional, da Colômbia, no Mundial de Clubes de 2016, em respeito a o que fizeram com a Chapecoense, depois do acidente. Atitude nobre, simples.

Por algum motivo os Madridistas do Brasil (maioria com uns 13 anos) viram problema com isso. Começaram a atacar quem simplesmente... pedia torcida por um time que merecia.

Desde então eu peguei ódio por essa raça imunda. E o tempo só me deu mais razões pra isso.

Minúsculos, nojentos, e fundado por fascistas. Essa é a Máfia Espanhola.

O Atletico acabou sendo eliminado pelo Kashima. Aí é onde começa a sequência de injustiças que o futebol me preparava, e onde a história começa a virar uma curva rumo ao desgraçamento.

Kashima perdia de 1x0, quando aos 44, Shibasaki empatou pro Kashima. 1x1 no placar, no fim do primeiro tempo, perfeito.

52 minutos. Shibasaki, de novo ele, escapa do marcador, arrisca de fora da área, e tem sucesso. 2x1 Kashima, e o impossível estava acontecendo.

O Kashima estava a 40 minutos de distância de fazer história.

Aos 60, pênalti pra Máfia. Revi aqui o lance, de fato, o defensor do Kashima realmente chega atrasado na jogada. Justo. 2x2.

Quase nos acréscimos, Sergio Ramos empurra um jogador do Kashima. Ele já tinha um amarelo... e não é expulso.

A Máfia ganharia o jogo por 4x2 na prorrogação. A possível expulsão do Ramos poderia ter mudado o jogo.

Esse é só o começo. Em 2017, contra o Bayern, Arturo Vidal foi expulso injustamente, e no gol de empate da Máfia, Cristiano Ronaldo estava impedido. Meu ódio pela raça imunda que apoiava esses desgraçados só aumentava.


O resto das histórias, eu conto depois. Por enquanto, Corinthians, 22 de Fevereiro de 2017.


Jogo contra o Palmeiras, em Itaquera.

O Palmeiras era tido como o melhor time do estado naquela época. Vinha de títulos de Copa do Brasil em 2015, e Brasileirão em 2016. Grande parte disso devido aos investimentos da Crefisa. O Palmeiras era o favorito, e a expectativa era que o Palmeiras apenas destruísse o Corinthians.

No fim do primeiro tempo, Gabriel, que já tinha cartão amarelo, é expulso pelo segundo cartão amarelo. Mas ele não cometeu nenhuma falta.

O juiz confundiu os volantes do Corinthians. Gabriel foi punido por uma falta que Maycon cometeu.

O jogo continua. Truncado. O 0X0 parecia certo, quando, numa chance, aos 87 minutos de jogo...

Jô. Desacreditado. Vindo da China. Reserva. Fez o gol da vitória.

Uma das noites mais gloriosas dos meus últimos anos torcendo pro Corinthians. A vitória mais improvável.

Isso foi muito lindo. Sem falar no chapéu do Kazim no Felipe Melo.

Provavelmente o que deu energia pro time ser campeão paulista naquela temporada, atropelando o São Paulo na semi, e com show de Rodriguinho no primeiro jogo da final contra a Ponte Preta, em pleno Moisés Lucarelli.

O time que era tido como a quarta força do estado.

O time formado por reservas do time de 2015, garotos da base, alguns remanescentes, e algumas apostas no mercado das transferências. Ah, e o Jadson que retornou.


No Brasileirão? O primeiro time da história a passar um turno inteiro invicto. Com direito a nova vitória no dérbi, em pleno Allianz Parque. Jô fazendo gols quase todo fim de semana, me fez lamentar aquele jogo contra o Athletico, um ano antes. Se a gente tivesse ganhado aquilo, talvez poderíamos ter vencido nossa segunda Libertadores.

Aí veio o segundo turno, e com ele, uma inexplicável derrapada.

O time perdeu a gordura que tinha na liderança, e passou a ser ameaçado por Grêmio e pelo rival Palmeiras.

Inclusive, eis a tabela do Brasileirão no dia em que Doki Doki Literature Club foi lançado.

Pode continuar, era só isso.

Mas nada que outro dérbi não resolva.

Tá em crise? Chama o Palmeiras.

Carille substituiu as peças que estavam mal, Jô conseguiu marcar, Balbuena botou lá, e Romero fez sem dó.

3x2, e Deyverson foi expulso. Perfeito.

Semanas depois, a confirmação. Heptacampeões brasileiros. Sem fax.

Simplesmente perfeito. Agora sim. Bora pra 2018 por mais-

AH VAI TOMAR NO CU


pois é. Pelo menos, dessa vez não foi tão ruim quanto 2015, "só" Jô, Arana e Pablo saíram. Um pro Japão, os outros para a Europa. Ainda assim, peças precisavam vir. Pro lugar de Jô, havia Kazim, e também foi contratado Júnior Dutra, opções tão boas que fizeram Carille mudar o esquema para um 4-2-4.

Com Rodriguinho e Jadson centralizados, no caso. Sem centroavante. Era melhor.

Pro lugar de Pablo?

Lembra do camisa 15 que entrou no lugar do Neymar em 2014?

Sim.


Pelo menos o Balbuena ainda estava ali pra salvar.

Vale mencionar também o retorno de outro do elenco de 2015: Ralf.

Paulistão de 2018 começa. Algo que se deve mencionar: o Corinthians, as vezes, ainda jogava no Pacaembu. Sim, aquele estádio ainda recebia jogos as vezes. Ganhamos do São Caetano lá, por 4x0.

No dérbi, Rodriguinho apenas fez isso:

Contra um Palmeiras invicto, ele simplesmente não tomou conhecimento e humilhou. E, como sequência daquele chapéu executado por Kazim um ano antes, ele ainda deu uma caneta em Felipe Melo.

Corta pro mata mata.

Quartas de finais. Após uma derrota por 3x2 pro Bragantino no Pacaembu, o time comandou uma virada importantíssima na Arena, 2x0 com gols de Sidcley e Maycon. Sem Jô, Sem Arana, Sem Pablo, Sem Problemas.

Derrota por 1x0 no Morumbi, primeiro jogo da semifinal. Após tudo se encaminhar para um empate sem gols em Itaquera, no último minuto do jogo, quando tudo parecia perdido, a estrela do eterno 26 brilhou novamente.

Nos pênaltis, mais exibições de gala de Cássio. Corinthians na final, contra o Palmeiras.

A derrota no primeiro jogo, em casa, abalou as esperanças. Mas em pleno Allianz, com torcida única, quem estava lá?

Exatamente.

Nos pênaltis? Glória. Bicampeões paulistas, calando a casa do rival. Histórico. Dava esperança pro resto do ano.

Talvez, esse seja o nosso ano.

O Brasileirão começou com duas vitórias, Rodriguinho novamente brilhando com dois gols em Itaquera contra o Fluminense, e abrindo o placar numa aniquilação do Paraná Clube, em plena Vila Capanema. O Corinthians liderou seu grupo na Libertadores, com uma vitória histórica na Argentina contra o Independiente, e uma goleada por 7x2 com direito a bicicleta do Romero. Com duas convocações pra seleção brasileira, já se cogitava a possibilidade de Rodriguinho estar na lista dos 23 convocados para a Copa na Rússia.

Inclusive, não mencionei isso, né?

O Tite consertou a seleção.

Pegou o time em sexto, fora da zona de classificação pra copa, e manteve uma campanha invicta. Na verdade, o trabalho foi tão bom, que se descontássemos todos os pontos feitos durante a era Dunga, o Brasil ainda seria o líder das eliminatórias.

Ótimo. Hexa encaminhado e Corinthians jogando bem. O que poderia dar errado?


Tudo.


Vamos voltar pra europa. Neymar, nosso principal jogador, havia se transferido para o PSG, pra sair da sombra do Messi, e se tornar protagonista. Parecia uma boa ideia, até as quartas de finais da Champions.

O PSG perdeu pra Máfia em Madrid. No campeonato francês, Neymar teve uma lesão e só voltaria na copa. A Máfia eliminou o PSG.

Depois, golearam a Juventus por 3x0. Na volta? Tomaram 3x0 da Juve. E aí... aquilo.

Isso foi um dos momentos mais nojentos que eu já vi no futebol. Talvez o mais.

O juiz inventa um pênalti pra Máfia (num lance onde NÃO HOUVE CONTATO), e expulsa o Buffon. Um desrespeito com uma lenda.

Cristiano Ronaldo obviamente converteu o pênalti.

Na semi, mais desgraças com o Bayern. Não lembro e sinceramente, nem me importo.

Mas e o adversário da final? Quem era?

Eu já tinha um certo apreço pelo Liverpool. Em maior parte, devido a um fator: Philippe Coutinho.

Um time europeu, com uniformes na minha cor favorita, uma torcida incrível, uma história foda, e um 10 brasileiro? Perfeito.

Eles classificaram pra Champions durante a temporada 2016/17, e eu quis muito assistir. Coutinho forçou uma saída pro Barcelona, infelizmente, mas sem problemas. Temos Roberto Firmino, o 9 do Hexa.

O Liverpool atropelou City e Roma no caminho pra final. Mohamed Salah, aquele mesmo das Olimpíadas de 2012, quebrou o recorde de gols da Premier League, se transformou num favorito a Bola de Ouro, e rapidamente se tornou um dos meus jogadores favoritos. Vamos lá. Quebrar a maldição. Vencer a Máfia.

O que aconteceu na final?

Talvez essa seja a coisa mais nojenta que eu já vi.

Um golpe. Simplesmente. Uma agressão, que tirou o Salah do primeiro jogo da Copa de 2018, e ainda nem foi punida com cartão amarelo, quando deveria ser vermlho direto.

No mesmo jogo, Ramos ainda deu uma cotovelada na cabeça do goleiro Loris Karius, causando uma concussão. O quanto isso influenciou seus erros naquele jogo, é algo que nunca saberemos.

Eu odeio Madridistas. Vermes.


Bom, é isso. Ah, mas espera aí, não contei uma outra parte da história, né?

Volta pra 2017.

Sim. Esse é Romarinho, fazendo gol no Real Madrid, no Mundial de 2017.

O time chegou a fazer 2x0, mas vocês sabem como é a arbitragem em jogo da Máfia. O goleiro do Al-Jazira que estava tendo a partida de sua vida, saiu lesionado. O jogo acabou em vitória da Máfia por 2x1. Triste.


Voltando a 2018. OK, deu merda na Europa. O Corinthians?

Outro êxodo. Apenas tardio.

Balbuena saiu pra Inglaterra. Maycon pra Ucrânia. O time novamente se desmontava.


Porém, uma coisa era certa.

Rodriguinho castigando em dérbi.

Isso sem falar no Romero foquinha.

Apesar disso, o time decaiu. Osmar Loss, assistente, assumiu, e era tido como boa aposta, devido ao seu bom trabalho na base. Estávamos errados, porém. Rodriguinho obviamente ficou de fora da lista final da Copa do Mundo.


Enfim, e a Copa em si?

Entre 2014 e 2018, aconteceu tanta coisa que parecia uma eternidade.

A Imagem era outra. Como foi o torneio?

Começou ótimo. Espanha x Portugal fizeram ótimo duelo, Islândia novamente chocou o mundo, após eliminar a Inglaterra na Euro de 2018, arrancavam um empate da Argentina. Rimos muito de rancor da Alemanha, após o México ganhar por 1x0. E o Coutinho disparou uma bomba pra abrir o placar contra a Suíça, na estreia do Brasil. Tudo parecia bem.

Aí a Suíça empatou.

Fomos mais uma vítima de um resultado inesperado.

Na sequência, mais caos. Tunísia quase arrancou um empate da Inglaterra, o Grupo H atraiu atenção pela imprevisibilidade. Croácia DESTROÇOU a Argentina, e tivemos aquela lateral.

é. pois é.

0x0 contra a Costa Rica até os últimos minutos. Eu já havia desligado a TV e me entregado a depressão quando Coutinho abriu o placar. Tive tempo de ver o gol do Neymar, pelo menos. 2x0. Vamos com tudo.

A Alemanha escapou de uma eliminação precoce contra a Suécia, a Argentina se safou, o goleiro do Irã defendeu um pênalti de Cristiano Ronaldo, e a Coreia fez a festa do Brasileiro eliminando a Alemanha. Nessa hora, eu imprimi uma imagem do Son e colei na minha parede.

Passamos da Sérvia com gols de Thiago Silva e Paulinho. Nas oitavas, a Argentina foi destruída por Benjamin Pavard (cria do Stuttgart, time com que eu jogava modo carreira no FIFA, então eu amei esse gol mais ainda), a Espanha saiu precocemente, e o Brasil passou do México com Neymar e Firmino.

E aí, temos o divisor de águas da timeline.

52 minutos de jogo. O Japão está batendo a Bélgica por 2x0.

Surpresa, completamente. A Bélgica era uma das favoritas do torneio, e aqui estavam, perdendo pro Japão.

O Brasil ia enfrentar o Japão nas quartas. Perfeito. Desculpa pra uns memes de anime no Twitter, e presa fácil. É literalmente o time que o Neymar mais goleou pela seleção. Teve jogo em que ele já fez 4 gols no Japão.


E aí... a tragédia.

Se o Japão tivesse ganho, a timeline não seria cruel do jeito que é. Eu consigo pensar em pouquíssimas coisas boas que aconteceram depois desse jogo.

Depois disso, a Bélgica tirou o Brasil. Courtois, aquele maldito, teve a partida de sua vida. Renato Augusto quase igualou o jogo sozinho, mas não deu. Obrigado por tentar, Renato. Você é incrível.


A única coisa boa desse restinho de copa mesmo, foi a Inglaterra perdendo.

Enfim, França campeã.


Pós Copa, Rodriguinho milagrosamente não saiu do Corinthians. E que ótimo, a janela asiática já fechou, e logo no primeiro jogo do pós copa...

Another one of his trademark bangers.

Vitória por 2x0, e de repente, as esperanças voltam a crescer.

Você só pode estar de sacanagem comigo.


Times africanos NUNCA compram no Brasileirão. Essa foi literalmente a ÚNICA vez. E foi justamente pra tirar o melhor e meu favorito jogador do meu time.

E assim, de um jeito completamente desgostoso, foi o fim da era Rodriguinho no Corinthians.


Não foi o único movimento do mercado de transferências, obviamente. Um dos maiores daquela janela, na verdade, foi a incrível transferência de Cristiano Ronaldo, do Real Madrid para a Juventus.

No momento em que eu vi isso, eu pensei "Será isso o começo do fim?"

Fique ligado para descobrir.


2018 pós Rodriguinho teve seus momentos, como aquela sequência de partidas com gols do Romero, mas que durou pouco. Nova eliminação nas oitavas da Liberta, dessa vez contra o Colo Colo.

Contratamos um substituto pro Loss. Obviamente ele não tinha condição de ser um bom técnico no profissional do Corinthians.

O substituto? Jair Ventura. Vinha de trabalho ruim no Santos, mas chegou a levar o Botafogo as quartas da Liberta e semi da Copa do Brasil um ano antes. Vamos ver do que ele é capaz.

De alguma forma, com uma masterclass performance do Pedrinho, eliminamos o Flamengo e chegamos a final da Copa do Brasil.

Ah, inclusive, lembra do Sheik, que fez os dois gols do Corinthians em 2012, na final da Libertadores?

Pois é, ele voltou no início do ano.

Aos 40 anos.

E ele começou jogando a volta da final da Copa do Brasil.


Pra ser justo com o Sheik, ele jogou bem. Teve raça. Todo respeito do mundo a ele, mas ainda assim... mudar a escalação pra um jogo decisivo desses, com 1x0 contra no agregado, contra um time de Série A do nível do Cruzeiro... foi arriscado.

E junto com ele, também foi pro time Jonathas, contratado do futebol alemão que foi mais uma tentativa falha de colocar um centroavante nessa equipe.

O Cruzeiro ampliou logo no primeiro tempo, mas no segundo, tivemos um pênalti (mandrake, admito) e diminuímos.

O time foi pra cima, e aos 69 minutos, a história, por bem ou por mal, foi escrita.

Eu quero que vocês reparem bem esse lance. O zagueiro Dedé simula uma agressão, que na verdade, é o movimento natural do braço do Jadson. Fica se contorcendo no chão e depois levanta. Vê que o Pedrinho meteu um golaço pra empatar o agregado, e volta a se retorcer.

O que esse verme merecia era nunca mais atuar, e o que esse verme desse juiz merecia por ter comprado isso, era nunca mais apitar.

Enfim, perdemos essa porra injustamente por 2x1 ainda por cima.


No Brasil, só desgraças, mas na Inglaterra, algo bom estava acontecendo.

O Liverpool fez contratações pontuais. Um goleiro novo em Alisson, titular da seleção brasileira, vindo da Roma, e Fabinho, volante de contenção, vindo do Monaco. Após sufoco na fase de grupos, Alisson provou seu valor ao fazer defesas extremamente pontuais pra ajudar o Liverpool a passar de fase. Na Premier League? Invictos. Virando o Ano em primeiro na tabela, com folga.

E o Corinthians terminou o ano prometendo. Fez contratações pontuais. Boselli veio do campeonato mexicano como artilheiro. Gustagol retornava de empréstimo, dessa vez, promissor, após boa campanha na Série B. Vagner Love, herói do título do Brasileirão 2015, retornava. Fora outras peças tidas como decentes para o meio campo, como Júnior Urso e Sornoza. E o mais importante: o retorno de Fábio Carille.

2019 parecia ser um ano bom no horizonte. Mas, quem ia ser zagueiro? Pedro Henrique e Léo Santos não eram exatamente prontos para serem titulares.

Foi aí que veio por empréstimo, do Cruzeiro, Manoel... que também não era exatamente bom.

Mas não compramos nenhum zagueiro melhor naquela janela. Então nossa dupla de zaga titular naquele primeiro semestre seria Henrique e Manoel.

Essa imagem deles tentando marcar o ataque do Racing na Sulamericana diz tudo.

Beleza, ok. O começo foi turbulento, dependendo de um gol do Henrique pra não empatar na estreia contra o São Caetano, mas logo o time se encontrou.

Após duas disputas de pênaltis contra Ferroviária e Santos, encontrávamos o São Paulo na final, que não ganhava títulos desde a Copa Sulamericana de 2012, e vinha embalado pelos gols de Antony.

Após empate sem gols no Morumbi, a final veio para Itaquera. E nesse momento, entra uma figura peculiar na nossa história


Danilo Avelar.

No começo, não gostava desse cara. Na verdade, ninguém da torcida gostava. Mas aí houve o primeiro dérbi do Paulistão, e ele decidiu. Sim, ele fez o único gol do dérbi. O da vitória. No Allianz. Talvez nosso pior jogador. Deyverson, que estava se gabando na mídia por seu gol no último dérbi de 2018, foi expulso de novo.

E daí em diante, recebeu um certo carinho da torcida. Virou essa espécie estranha de herói. Inclusive pra mim. Ele foi meu jogador favorito por um tempo, justamente por esse estigma de underdog. Ele fazia mais do que esperavam dele. E ele abriu o placar dessa final.

Sim, eu sei. Já chego lá. Uma coisa de cada vez aqui.

Antony empatou pouco antes do intervalo. O empate era pênaltis. O 1x1 permaneceu no placar até os 89, quando isso aconteceu.

Vagner Love decidindo título pra gente. Que sensacional, the good old days coming back. Tri seguido do Paulistão. Trinta títulos, na contagem geral. O maior campeão paulista.

Na Inglaterra, o Liverpool continuava. Passou pelo Bayern como se não fosse nada, com Sadio Mané driblando lindamente Manuel Neuer. Não tomou conhecimento do Porto. Na semi... problemas.


Derrota por 3x0 na primeira partida contra o Barcelona. Messi fazendo gol de falta. Na Premier League, já não éramos mais líderes. Manchester City tirou nosso invicto, e derrapamos. Pra piorar, Salah e Firmino não jogariam a volta, em Anfield.


Porém, aos 7 minutos, a esperança voltou.

Origi faz 1x0. Esse foi o placar do Primeiro Tempo.

No segundo, Klopp saca Robertson por Wijnaldum... e ele corresponde. Dois gols em três minutos, e o agregado estava igualado. Milagre.


E então, aos 79...

O gol do impossível. Estávamos na final. Contra o time que nos tomou Coutinho. Messi chorou em Anfield. Simplesmente lindo.

Alisson foi importantíssimo nesse jogo, fazendo defesas cruciais.

Perdemos a Premier League, infelizmente, mas isso pouco importava. A final europeia, contra um Tottenham que também havia operado um milagre contra o Ajax... que inclusive, eu não mencionei, né?

Sim, FOI o começo do fim.


Eu soltei o grito que estava entalado nesse dia. Finalmente, karma. Humilhados em casa. Vermes. O reinado da Máfia Espanhola acabou.


Queria esse Ajax na final. Também eliminaram a Juventus de Cristiano Ronaldo no caminho.


Considerando que a final foi contra um time que tem alergia a troféus, não podia ser diferente. Gols de Salah e Origi. Hexacampeões Europeus.

No Brasil, as coisas não pareciam ruins. Corinthians já tinha um título na temporada, continuava avançando na Sula, e tendo resultados razoáveis no Brasileirão, incluindo empate no dérbi e nova vitória no Majestoso, com gol da promessa Pedrinho.

No meio do ano, Copa América em casa. Sem Neymar, lesionado, mas mesmo assim, vitoriosos. Cássio e Fagner campeões com a seleção. Tite ganhando seu primeiro troféu no comando do Brasil. Que maravilha.

Tudo lindo. Van Dijk foi escolhido o melhor da europa, mas perdeu a eleição da bola de ouro pro Messi. Honestamente? A Bola de Ouro é um concurso de popularidade e não devia ser considerada como argumento em discussões sobre talento de jogadores. O melhor jogador da temporada 2018-19 tem nome e sobrenome: Alisson Becker.

Três luvas de ouro (PL, UCL e Copa América), Dois Títulos (UCL e Copa América), por pouco não foi campeão na PL também, e foi fundamental tanto na campanha do Liverpool, quanto na do Brasil. Pra mim, ele foi o melhor do mundo naquela temporada.


Bom, tudo estava lindo até aqui. Mas o terror e a tristeza estavam apenas virando a esquina.

É aqui onde o verdadeiro declínio começa.


Vejo vocês na quinta e última parte dessa série.

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